Vânia Moreira Diniz
Noites quentes de dezembro,
Na minha querida terra Natal,
Naqueles tempos eu lembro,
Da adolescência sempre fatal.
O Rio regurgitava de gente,
Na Avenida Copacabana,atraente
Íamos à noite comprar presentes
E lanchar todos juntos, contentes.
A lanchonete por nós preferida,
Tão especial era “Cirandinha”,
Nem pensávamos direito na vida,
E ao redor o barulho da rua vinha.
A nossos pais não poupávamos,
Brincando e brigando com prazer,
Nunca nessas horas nos livrávamos
De ouvir conselhos sem querer.
Conceitos, valores ou opiniões,
Podíamos emitir naquelas noites,
Já perto do natal e em tais reuniões,
E queriam todos torná-las freqüentes.
Períodos especiais de fim de ano,
Festejado por meu pai e aprovados
Pela meninada com entusiasmo insano,
Todos ali sem reserva reunidos.
Era a maneira muito eficaz e agradável.
De congraçar adolescentes e adultos,
Fazendo do lazer algo feliz e saudável
E das lembranças claros e nítidos vultos.
Não esqueço os alegres e gentis bate-papos,
Onde tudo era válido,coerente e interessante,
Os anseios das crianças traduzidos em papos,
O alegre pessoal ao redor sumamente galante.
Todos falavam eram ouvidos com atenção,
Emoções individuais sempre respeitadas,
As risadas não tiravam nenhuma concentração
Das palavras que deviam ser consideradas.
Vânia Moreira Diniz
Mana, lindo!!! Lembrei bem, era tão bom este mês, quando crianças. A velocidade da vida era menor, os perigos na rua também. E nós, todos juntos, tínhamos direito a nos expressar e perguntar. Realmente fomos privilegiados. Nascemos numa família em que, além de amor, todas as ocasiões estávamos aprendendo. Obrigada por esta lembrança.beijão Cris
ResponderExcluir