quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Outubro

Vânia Moreira Diniz
Outubro é o mês que eu amo,
Nas suas efusões generosas,
Vivo, desejo, danço e canto,
A vida rodopia nada morosa.

À minha volta tudo me encanta,
O sol é mais quente e brilhante,
O movimento rápido me fascina,
E desejo sempre esse ar vibrante.

Outubro me convida à liberdade,
E ninguém me conduz ao pranto,
Sinto-me transbordante de suavidade,
E não desejaria nada mudar por enquanto.

Vislumbro incomensuráveis fantasias,
Repentinamente recordo a infância,
As horas não me parecem vazias,
E sinto inefáveis e doces carícias.

Outubro faz minha alma transbordar,
De felicidade e certeza de meu amor,
E nessa época nunca chego a concordar
Com tristezas porque luz é a suprema cor.

Vejo o horizonte e sinto ternamente,
A energia que se desprende inefável,
Vôo em entusiasmo e literalmente,
Pelo espaço em sensações inexprimíveis.

Outubro é o mês que eu amo docemente,
Na forma mais simples e sem opressão,
Entendo seu poder confuso, mas veemente,
E concluo que minha vida é apenas emoção.

Outubro recorda-me amanhecer,
Deixa-me que eu vá alucinada,
O planeta cada movimento reconhecer.
E reinicio a viagem ainda inexplorada,
Para em cada momento nascer.

Vânia Moreira Diniz

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